Literatura- Arcadismo
Literatura- Arcadismo


                     Arcadismo


              Movimento literário inspirado em uma lendária região da Grécia Antiga, a Arcádia. De acordo com a lenda essa região era habitada por pastores, que viviam de forma simples que se divertiam cantando, celebrando o amor e o prazer, era dominada pelo deus Pan. 

              O Arcadismo foi criado em 1690, por italianos, que reuniam os escritores com a finalidade de combater o Barroco e disseminar os ideais neoclássicos. 
A linguagem árcade expressa as idéias e os sentimentos do artista do século XVIII. 

              Visavam com isto truncar os exageros, o rebuscamento a extravagância cometidos pelo Barroco, retornando a uma literatura simples.

              Cumpre salientar que este objeto configurava apenas um estado de espírito, uma posição política e ideológica, uma vez que todos os árcades viviam nos centros urbanos e, burgueses que eram, lá estavam seus interesses econômicos.Isto justifica falar-se em fingimento poético no arcadismo fato que transparece no uso dos pseudônimos pastoris

Características da linguagem árcade 

- fuga da cidade: os árcades defendiam o modo de viver de maneira simples e natural, no campo, distante das cidades. 

- vida material medíocre, mas rica em realizações espirituais: vida feliz e pobre no campo se opondo à vida luxuosa e triste na cidade. 

- idéias fundamentadas no Iluminismo: idéias de liberdade, justiça e igualdade social. 

- convenção amorosa: a falta da livre expressão dos sentimentos, seguindo as convenções. 

- carpe diem: vontade de aproveitar o dia e a vida enquanto é possível. 



Principais características da arte neoclássica: 

- Imitação dos antigos; 
- Racionalismo; 
- Exaltação da Natureza; 
- Preocupação com o homem natural; 
- Simplicidade da linguagem; 
- Embelezamento da realidade.





 O Arcadismo no Brasil


 

              O Arcadismo no Brasil teve início no ano de 1768, com a publicação do livro “Obras” de Cláudio Manuel da Costa.

 

              Nesse período Portugal explorava suas colônias a fim de conseguir suprir seu déficit econômico. A economia brasileira estava voltada para a era do ouro, da mineração e, portanto, ao estado de Minas Gerais, campo de extração contínua de minérios. No entanto, os minérios começaram a ficar escassos e os impostos cobrados por Portugal aos colonos ficaram exorbitantes.

 

              Surgiu, então, a necessidade do Brasil de buscar uma forma de se desvincular do seu explorador. Logo, os ideais revolucionários começaram a se desenvolver no Brasil, sob influências das Revoluções Industrial e Francesa, ocorridas na Europa, bem como do exemplo da independência das 13 colônias inglesas. 

              Enquanto na Europa surgia o trabalho assalariado, o Brasil ainda vivia o tempo de escravidão. Há um processo de revoltas no Brasil, contudo, a mais eloqüente durante o período árcade é a Inconfidência Mineira, movimento que teve envolvimentos dos escritores árcades, como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manuel da Costa, além do dentista prático Tiradentes. 

              Como a tendência é do eixo cultural seguir o econômico, os escritores árcades são, na maioria, mineiros e algumas de suas produções literárias são voltadas ao ambiente das cidades históricas mineiras, principalmente Vila Rica. 

              O Arcadismo tem como características: a busca por uma vida simples, pastoril, a valorização da natureza e do viver o presente (pensamentos causados por inspiração a frases de Horácio “fugere urbem” – fugir da cidade e “carpe diem”- aproveite o dia). 

              Os principais autores árcades são: Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga, Basílio da Gama, Silva Alvarenga e Frei José de Santa Rita Durão.